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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Projeto de Banco de Dados

De acordo com SILBERSCHATZ (2006), o processamento de dados tem impulsionado o crescimento dos computadores desde os primeiros dias dos computadores comerciais, na verdade, a automação das tarefas de processamento de dados já existia antes mesmo dos computadores. Cartões perfurados foram usados no início do século XX para registrar dados de senso e sistemas mecânicos foram usados para processar os cartões e tabular os resultados.

Com a evolução dos meios de armazenamento iniciados na década de 50 com as fitas magnéticas chegando aos discos rígidos na década de 60, e com o aperfeiçoamento das metodologias de criação de banco de dados saindo do modelo hierárquico, década de 80, para o relacional, década de 90, chegamos a explosão da Word Wide Web, onde os bancos são utilizados muito mais extensivamente, como jamais foram, com taxas de processamento muito altas, onde deve-se ter grande confiabilidade e disponibilidade (24h por dia, 7 dias por semana).

Conforme TAKAI (2005), atualmente, devem-se considerar alguns aspectos relevantes para atingir a eficiência e a eficácia dos sistemas informatizados desenvolvidos, a fim de atender seus usuários nos mais variados domínios de aplicação. Tais aspectos são:
• Os projetos Lógicos e Funcionais do Banco de Dados devem ser capazes de prever o volume de informações armazenadas a curto, médio e longo prazo. Os projetos devem ter uma grande capacidade de adaptação;

• Deve-se ter generalidade e alto grau de abstração de dados, possibilitando confiabilidade e eficiência no armazenamento dos dados e permitindo a utilização de diferentes tipos de gerenciadores de dados através de linguagens de consultas padronizadas;

• Projeto de uma interface ágil e para propiciar aprendizado suave ao usuário, no intuito de minimizar o esforço cognitivo;

• Implementação de um projeto de interface compatível com múltiplas plataformas (UNIX, Windows, Linux etc.);

• Independência de Implementação da Interface em relação aos SGBDs que darão condições às operações de armazenamento de informações (Oracle, SysBase, FireBird, SQL Server etc.);

• Independência da metodologia a ser utilizada no desenvolvimento do sistema (orientação a objeto, orientação a eventos) ou linguagem (Delphi, Visual Basic, Rubi, C++ etc.).

A definição geral para banco de dados conforme KROENKE (1999) é que um banco de dados é um modelo da realidade ou de alguma porção dela, já que se relaciona a um negócio. Entretanto, isto não é verdade. Um banco de dados não modela a realidade de nenhum modo, em vez disso, é um modelo do modelo do usuário.

Uma outra definição que temos, de acordo com Machado (2004) é que banco de dados:
“[...] pode ser definido como um conjunto de dados devidamente relacionados. Podemos compreender como dados os objetos conhecidos que podem ser armazenados e que possuem um significado implícito. Porém, o significado do termo banco de dados é mais restrito que simplesmente a definição dada anteriormente. Um banco de dados possui as seguintes propriedades:

• É uma coleção lógica coerente de dados com o significado inerente; uma disposição desordenada dos dados não pode ser referenciada como um banco de dados.

• Ele é projetado, construído e populado com valores de dados para um propósito específico; um banco de dados possui um conjunto predefinido de usuários e aplicações.

• Ele representa algum aspecto do mundo real o qual é chamado de minimundo; qualquer alteração efetuada no minimundo é automaticamente refletida no banco de dados [...]” (MACHADO, 2004, p.20)

O projeto de um ambiente de aplicação de banco de dados completo que atenda às necessidades da empresa sendo modelada requer atenção a um amplo conjunto de aspectos. Esses aspectos adicionais do uso esperado do banco de dados influenciam uma variedade de escolhas de projeto nos níveis físico, lógico e visual.

De acordo com SILBERSCHATZ (2006), os sistemas de banco de dados são projetados para gerenciar grandes blocos de informações que não existem isolados, pois eles são partes da operação cujo produto final pode ser informações do banco de dados ou pode ser algum dispositivo ou serviço para o qual o banco de dados desempenha um papel de apoio.

A fase inicial do projeto de banco de dados é caracterizar completamente as necessidades de dados dos usuários. O projetista de banco de dados precisa interagir extensivamente com os usuários e estabelecer as seqüências de atividades, através do levantamento de requisitos, da empresa em uma ordem que possa resultar em ganhos de produtividade e confiabilidade dos sistemas desenvolvidos.

A utilização de uma abordagem correta de metodologia orientada a modelagem de banco de dados, envolve a estruturação nas três etapas da execução de um projeto: conceitual, lógico e físico.

O projeto conceitual é aquele que deve ser sempre a primeira etapa de um projeto de um banco de dados e que de acordo com SILBERSCHATZ (2006), fornece uma visão geral do ambiente do problema. O projetista revisa o esquema para confirmar se todas as necessidades de dados estão realmente satisfeitas e se não estão em conflito entre si. O foco neste momento é descrever os dados e suas relações, e não especificar detalhes do armazenamento físico.

No projeto lógico, segundo Machado (2004):
“[...] é onde se considera uma das abordagens possíveis da tecnologia de Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (relacional, hierárquica, rede ou orientada a objetos) para a estruturação e estabelecimento da lógica dos relacionamentos existentes entre os dados definidos no modelo conceitual [...] e que [...] descreve em formato as estruturas que estarão no banco de dados de acordo com as possibilidades permitidas pela sua abordagem, mas sem considerar, ainda, nenhuma característica específica de um sistema gerenciador de banco de dados (SGBD) [...]” (MACHADO, 2004, p.21).

No projeto físico, segundo Machado (2004):
“[...] esta é a etapa final do projeto de banco de dados, na qual será utilizada a linguagem de definição de dados do SGBD (DDL) para realização da sua montagem no dicionário de dados. Em ambiente de banco de dados relacional denominados de script de criação de banco de dados, o conjunto de comandos em SQL (DDL), que será executado no Sistema Gerenciador de Banco de Dados para a criação do banco de dados correspondente ao modelo físico [...].” (MACHADO, 2004, p.21).

Uma boa estruturação de um banco de dados deve propiciar o desenvolvimento de um sistema de controle, buscando disponibilizar as informações nele armazenadas com precisão e confiabilidade.

José Luciano Rocha e Marciano Boone

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