Não deixe os erros de TI acabarem com seu negócio
Umas das principais estratégias disponíveis hoje no mercado, para que as empresas consigam se desenvolver de maneira sustentável, é investir na área de TI (Tecnologia da Informação). Quando os recursos são bem empregados, permitem a criação de sistemas personalizados capazes de melhorar processos internos, bem como organizar informações – antes desconsideradas –, para que ajudem a empresa a tomar decisões importantes visando, acima de tudo, inovação e, é claro, um melhor desempenho.
Mas os resultados com TI dependem de se fazer a coisa certa com essa ferramenta, caso contrário podem surgir problemas bem sérios, com força suficiente para paralisar um negócio promissor. A seguir, confira uma lista de erros comuns, mas que podem ser evitados de maneira simples:
1- Ver a tecnologia como um custo a mais para a empresa.
Risco: desperdício de recursos, paralisações e até perda de vantagem competitiva por falta de planejamento.
Solução: integrar os objetivos a serem alcançados com TI ao planejamento estratégico do negócio. Porque mais do que servir como infraestrutura para funcionários, a tecnologia deve ser explorada para promover avanços capazes de gerar vantagens competitivas.
2- Fazer back-up só quando alguém se lembra disso.
Risco: perda de dados, com interrupções, retrabalho e prejuízo.
Solução: estabelecer rotina de back-up e de restauração de dados. Definir informações que precisam ser incluídas, como arquivos, e-mails, banco de dados, além da frequência para realização das cópias e do dispositivo usado para armazenamento. Também vale estabelecer por quanto tempo as informações serão armazenadas.
3- Confiar apenas no bom-senso da equipe para o uso da internet.
Risco: infecção por vírus, invasão por hackers, lentidão na transmissão de dados, vazamento de informações estratégicas.
Solução: desenvolver política de uso da internet e destacar entre os colaboradores a responsabilidade para a segurança. Pode-se definir os usuários com autorização para utilizar a rede e que tipo de acesso cada um pode ter. Procure barrar a visualização de material pornográfico e acesso a sites de games. Mas tome cuidado, porque imposições tirânicas podem desmotivar os colaboradores.
4- Usar antivírus inadequado.
Risco: deixar dados e sistemas vulneráveis a ataques.
Solução: observar riscos de versões gratuitas ou domésticas. As versões corporativas podem até sair mais caras, mas recebem atualizações constantes, tanto do aplicativo quanto das vacinas. Além disso, facilitam o gerenciamento da segurança da informação, já que permitem a visualização e a administração das estações de trabalho que estão com antivírus instalado. Isso possibilita ação rápida e remota em caso de infecção, especialmente em operações mais complexas.
5- Negligenciar a interface de e-commerce.
Risco: perder oportunidades de negócio e manchar a reputação da empresa na internet.
Solução: investir em soluções completas, eficientes e seguras de comércio eletrônico. Sites que demoram a carregar e operações interrompidas são as maiores reclamações feitas pelos consumidores que compram pela internet. Quem vende pela rede precisa garantir o sigilo das informações fornecidas pelos usuários e a integridade das transações, bem como oferecer variedade de meios de pagamento.
6- Acreditar que seu negócio não exige site nem e-mail próprio.
Risco: ver a imagem da empresa ser associada à informalidade ou até mesmo ao amadorismo.
Solução: registrar um domínio de internet para a empresa, a partir de R$ 30 por ano, e contratar um serviço de hospedagem de site e e-mail. Diversas empresas fornecem o pacote por pouco mais de R$ 20 por mês, com dezenas de endereços de e-mail.
7- Achar que "usabilidade" é só um neologismo bobo.
Risco: afugentar usuários do site, perder oportunidades de negócios, ser mal listado em programas de busca.
Solução: garantir conteúdo relevante, ambiente amigável e com as funcionalidades que o negócio exige. Também é importante utilizar estratégias de SEO (Search Engine Optimization), para que o site fique bem posicionado em buscadores. Sem contar que as páginas precisam ser leves e carregadas rapidamente. O mais indicado é que a navegação seja do tipo intuitiva. Por último, procure garantir compatibilidade com os principais browsers e versões mobile.
8- Pensar que só as empresas grandes precisam de CRM.
Risco: perder força de vendas e oportunidades por falta de análise dos contatos com o cliente.
Solução: adotar um software completo de CRM (Customer Relationship Management), que comtempla outros módulos além do SAC e permite análises sobre a força de vendas, também identifica os produtos e usuários que trazem mais retorno e ajuda a embasar os serviços de pré e pós-venda. A ferramenta auxilia a empresa a entender melhor seus clientes, com informações atualizadas sobre o que buscam e as melhores condições de entrega e pagamento.
9- Fazer pouco ou mau uso das redes sociais.
Risco: perder oportunidades de divulgação e de negócio, ou mesmo ganhar reputação ruim.
Solução: entender o potencial das mídias sociais e embarcar nas que são condizentes com o negócio. Vale divulgar campanhas promocionais, serviços, novidades, entre outras coisas. As mídias sociais também servem para manter contato direto com os clientes, tirando dúvidas, resolvendo problemas. Não esqueça que é fundamental manter o conteúdo relevante e atualizado. Os usuários desejam respostas, interações e novidades.
10- Não investir em treinamento para uso de software.
Risco: lentidão nas tarefas, retrabalho e compra desnecessária de novos aplicativos, com funções semelhantes às de licenças já adquiridas.
Solução: familiarizar e treinar os colaboradores para utilizarem as ferramentas adotadas é um investimento com ganhos ao longo do tempo. Estimativas de consultorias de TI mostram que os funcionários utilizam apenas 10% a 20% das funcionalidades de cada programa.
11- Usar na empresa um sistema operacional doméstico.
Risco: limitar-se às funcionalidades de uma versão não pensada para o uso corporativo, sem opções como compartilhamento de impressoras e centralização das rotinas de back-up.
Solução: adotar um sistema desenvolvido para empresas, levando em conta os aplicativos que serão utilizados e se são compatíveis com o programa. O escopo de funcionalidades nas versões corporativas é muito maior, seja uma solução proprietária, como Windows e MacOS, ou de código livre, como o Linux. Sistemas para empresas são desenhados para trabalhar em rede e garantir o gerenciamento centralizado de toda a comunicação.
12- Cogitar uso de software pirata.
Risco: infecção por vírus, falhas no sistema, prejuízo com perda de dados e processos judiciais.
Solução: adquirir licenças dos programas indispensáveis ao negócio e que não tenham versões gratuitas.
13- Não investir em gestão de conhecimento.
Risco: deixar de criar um repertório de melhores práticas e perder informações quando um funcionário deixa a empresa.
Solução: desenvolver internamente ou adquirir sistemas que permitam que arquivos e informações fiquem retidos em um banco de dados e sejam acessíveis aos profissionais da empresa. É uma forma de disseminar o conhecimento dentro da companhia, acelerar processos e garantir qualidade com custos menores.
14- Menosprezar ferramentas de compartilhamento.
Risco: baixo índice de colaboração entre as equipes pela simples ausência de ferramentas que facilitam a troca de informações.
Solução: adotar programas que possibilitem a integração e intercâmbio de informações entre colaboradores que estão distantes fisicamente. A mensagem instantânea permite comunicação em tempo real e pode ser integrada a outras ferramentas, criando um ambiente seguro para o compartilhamento de arquivos.
15- Deixar de atualizar licenças.
Risco: perder eficiência, ficar sem assistência técnica em momentos críticos ou ter o programa bloqueado pelo fabricante.
Solução: renovar sistematicamente as licenças. Isso pode parecer custoso, mas, ao longo do tempo, se a renovação não acontecer as funcionalidades dos programas ficam datadas e o desempenho tende a cair.
16- Contar com suporte técnico amador.
Risco: demora na solução de problemas e paralisações em momentos críticos.
Solução: um prestador de serviço pode ser a solução se a empresa não consegue manter uma equipe de profissionais. Mas é fundamental que esse prestador apresente competência técnica para atender todas as necessidades da empresa, sugerir melhorias, e não apenas as que surgem nos momentos críticos.
17- Trabalhar sem manutenção preventiva.
Risco: desgaste acelerado das máquinas, pane, interrupção dos trabalhos.
Solução: um plano de manutenção preventiva deve estabelecer a revisão periódica dos equipamentos da empresa e os itens a serem verificados em cada serviço de rede.
18- Usar computadores convencionais como servidores.
Risco: comprometer operações vitais ao utilizar máquinas com menor capacidade de processamento e não preparadas para uso intenso e contínuo.
Solução: utilizar equipamento com configuração específica de servidor, com placas mais robustas, que garantem a segurança caso algum componente falhe. Com isso, preservam-se funções essenciais do dia a dia, como acesso a dados e à internet, compartilhamento de informações com clientes e colaboradores, o controle da emissão de notas fiscais, entre outros aspectos.
Fonte: http://www.sm.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=15447&sid=17